Lenda da Vitória Régia
A lenda conta que às margens do
Rio Amazonas, várias jovens e belas índias de uma tribo se reuniram para cantar
e sonhar com futuros amores. Elas ficavam por longas horas admirando a beleza
da lua branca e o mistério das estrelas, sonhando um dia, ser uma delas. Nesses
momentos, a lua deitava e refletia sua luz intensa nas águas, fazendo a mais
jovem das índias, Naiá, subir numa árvore alta para tentar tocá-la, mas sem
êxito. Certa noite, Naiá deixou a aldeia esperando realizar o sonho de, finalmente,
tocar a lua. Chegando à margem do rio, viu seu reflexo nas suas águas negras e
não hesitou: mergulhou nas profundezas do rio e desapareu para sempre. A lua,
então, sentiu pena da jovem e a transformou numa flor gigante - a Vitória-Régia
- cujas pétalas se abrem nas águas para receber o brilho lunar.
Lenda da Cobra Grande
A
versão mais popular nos estados da Amazônia diz que uma imensa cobra, também
chamada Boiúna, cresce de forma desmensurada e ameaçadora, sendo obrigada a
abandonar a floresta e a habitar a profundeza dos rios. Ao rastejar pela terra
firme, os sulcos que deixa se transformam nos igarapés. A Cobra Grande também
pode se transformar em embarcações ou em outros seres assustadores. Alguns
contos indígenas dizem que em uma certa tribo da Amazônia, uma índia, grávida
da Boiúna, deu à luz duas crianças gêmeas. Uma delas, Maria, era má e atacava
os barcos, naufragando-os. O irmão bonzinho era Cobra Norato, que sempre
trabalhava para impedir as maldades da irmã. Há também a versão contada no
Pará, na qual a Cobra Grande está adormecida nos subterrâneos dos bairros da
Cidade Velha e Nazaré.
Lenda do Boto
A
Nas noites de São João, quando as pessoas estão distraídas em celebração, o boto aparece transformado em um bonito e elegante rapaz vestido de branco, usando um chapéu para esconder parcialmente o rosto, pois sua transformação em humano não é completa. Suas narinas ficam no topo de sua cabeça, formado dois buracos. Sedutor, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que encontra pela frente e a leva para o fundo do rio. Durante essas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu e roupas brancas, as pessoas pedem para que ele se retire do lugar. Afinal, pode ser o boto, sinhá.
Nas noites de São João, quando as pessoas estão distraídas em celebração, o boto aparece transformado em um bonito e elegante rapaz vestido de branco, usando um chapéu para esconder parcialmente o rosto, pois sua transformação em humano não é completa. Suas narinas ficam no topo de sua cabeça, formado dois buracos. Sedutor, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que encontra pela frente e a leva para o fundo do rio. Durante essas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu e roupas brancas, as pessoas pedem para que ele se retire do lugar. Afinal, pode ser o boto, sinhá.
Iara
A Iara é um dos mitos mais conhecidos da região amazônica. Trata-se de uma linda mulher morena, de cabelos negros e olhos castanhos, que exerce um grande fascínio sobre os homens. Aqueles que banham-se nos rios não conseguem resistir aos encantos da bela morena e acabam se atiram nas águas atrás dela. As vítimas nem sempre voltam vivas dos rios e as que sobrevivem voltam assombradas, falando em castelos, séquitos e cortes de encantados. É preciso muita reza e pajelança para quebrar o encantamento. Alguns descrevem Iara como tendo uma cintilante estrela na testa, que funciona como chamariz que atrai e hipnotiza os homens. Acredita-se também que ela tem cauda de peixe, outros dizem que usa apenas um vestido, ou uma espécie de saia. Em algumas regiões, Iara é também chamada de boto-fêmea.
Matinta
Perêra
Segundo a lenda, toda a noite que um morador da floresta ouvir um estridente assobio, deve prometer tabaco à Matinta Perêra. No dia seguinte, uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo. A velha é uma pessoa do lugar que carrega a maldição de “virar” Matinta Perêra e, à noite, transformar- se nela para assombrar as pessoas. Dizem que a Matinta pode também apresentar-se em forma de um pássaro, muito conhecido como “rasga-mortalha”. Quando ela está para morrer, pergunta: “Quem quer? Quem quer?”. Se alguém responder “eu quero”, pensando em se tratar de alguma herança de dinheiro ou joias, recebe na verdade a sina de “virar” Matinta Perêra.
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